Com exportações em baixa, criadores de porcos do Paraguai enfrentam o pior ano
Por Vinni Maciel* | quarta, 11 maio 2022
Os criadores de carne suína do Paraguai enfrentam uma situação econômica delicada neste ano, devido a queda nas exportações, perca de dinheiro e fazendas encerrando as atividades de criação.
Foto: Reprodução
A situação caótica no setor é apontado pela Associação de Criadores de Suínos do Paraguai, que destacou à imprensa local, que 2022 está sendo o pior ano dos últimos tempos.
A queda nas exportações se deve principalmente porque a China deixou de importar em grande quantidade a carne suína. A entidade pontua que isso seja uma estratégia por parte dos chineses, provocando um colapso no mercado, já que o país asiático é um grande consumidor e importador.
A entidade destaca ainda, que o preço da carne suína e muito baixo em todo o planeta. Além disso, o custo do frete devido à situação da COVID-19 aumentou três a quatro vezes mais do que normalmente.
A carne suína paraguaia teve poucos embarques neste ano, não fazendo efeito financeiro esperado aos bolsos dos criadores, uma vez que os preços praticados no Brasil, são muito baixos e os produtores brasileiros também estão em um situação desconfortável, de acordo com a entidade que pontuou ainda, que o mercado internacional está péssimo e não há muita expectativa de melhora em curto prazo.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA) o primeiro trimestre de 2022 apresentou uma nova queda nas exportações de carne suína, chegando a 96% em relação ao mesmo período de 2021. A crise no setor é tão acentuada que no começo deste ano houve zero embarque do produto, o que significou um grande golpe para o setor de suínos paraguaio.
Nos primeiros três meses deste ano, foram exportados 572 toneladas a menos de carne suína paraguaia, ou seja, apenas 24 toneladas foram enviadas para os mercados internacionais, enquanto que no mesmo período de 2021, foram exportadas 596 toneladas.
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